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Pesquisa mostra queda de usuários brasileiros no Facebook




Um levantamento feito no mês de março pelo Instituto Datafolha aponta recuo no volume de usuários brasileiros no Facebook ao longo dos últimos 17 meses. De acordo com a pesquisa, a rede social fundada por Mark Zuckerberg mostrou redução de 5% em sua base nacional: cerca de 56% dos entrevistados disseram ter um perfil mantido na plataforma, versus 61% em novembro de 2017.

O instituto aponta como causas para a tendência de queda os recentes escândalos de vazamento e comprometimento de dados privados de usuários, bem como uma suposta desconfiança do conteúdo compartilhado nas redes sociais como um todo.

“Não é uma queda consolidada, por causa da margem de erro [dois pontos percentuais para mais ou para menos], mas mostra uma tendência de queda.”, disse Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do Datafolha.

Volume de usuários brasileiros no Facebook recuou 5%, segundo Datafolha

A pesquisa também traz notícias boas à empresa: no Brasil, as três primeiras posições no ranking de ferramentas preferidas dos usuários para interações são do Facebook — o WhatsApp lidera, instalado no smartphone de 69% dos entrevistados. Em seguida, vem o Facebook, sucedido pelo Instagram (35%) e o Twitter (14%). Este último, aliás, caiu 4% em relação a novembro de 2017, quando tinha índice de 18%.

Segundo o Facebook, porém, o Brasil tem 127 milhões de usuários ativos mensais na rede (segundo informações da própria empresa em julho de 2018), contra 120 milhões no WhatsApp, lembrando que “usuários ativos mensais” não é a mesma coisa que “volume total de usuários”, esta última sendo o parâmetro de pesquisa utilizado pelo instituto.

O Datafolha também avaliou o grau de confiança dos brasileiros em notícias compartilhadas pelo Facebook: a conclusão é que há uma descrença generalizada entre a maior parte dos usuários

Também foi avaliado o grau de confiabilidade de conteúdo compartilhado no Facebook, onde 63% dos entrevistados disseram confiar apenas em algumas notícias recebidas pelas redes sociais; 5% com fé na maioria; 2%, em todas e, finalmente, 21% que não acreditam em nada. Ao considerarmos as notícias veiculadas exclusivamente por páginas de canais de imprensa, os números mudam: 5% (todas), 17% (maioria), 61% (algumas) e 14% (nenhuma).

Janoni ainda explica que a desconfiança com a imprensa é maior em usuários com nível de escolaridade mais alto e/ou com renda familiar acima da média. Ele classifica os índices como “preocupantes”, haja vista que, na média geral, o sentimento é de descrença na imprensa brasileira.

O Datafolha ouviu 2.038 pessoas, distribuídas em 130 municípios.

Fonte: Canaltech

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