Desde a madrugada desta quinta-feira (17), o aplicativo de mensagens Whatsapp está bloqueado pela justiça brasileira e as operadoras de telefonia estão proibidas de disponibilizar o serviço para seus usuários. A ordem é de quem o aplicativo permaneça bloquado por 48 horas, voltando à ativa às 0h do sábado (19).
A decisão foi anunciada no final da tarde de quarta-feira (16) e causou polêmica na internet. Muitos usuários questionavam a decisão, já que o motivo não havia sido revelado até o momento.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal, o SindiTelebrasil, confirmou o recebimento da ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão partiu da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, tendo como base o Marco Civil da internet.
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O motivo do bloqueio seria a recusa do WhatsApp em fornecer informações para uma investigação policial que vinha desde 2013. A empresa teria descumprido a ordem de colaborar com a justiça e por isso o Ministério Público requereu o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas.
Na manhã da quinta-feira, o diretor do Facebook, empresa que comprou o Whatsapp, Mark Zuckerberg disse que estava chocado que esforços em proteger dados pessoais resultem em punição. Ele lembrou que o Brasil sempre foi um parceiro na busca pela internet livre e lançou uma campanha para a anulação da decisão da justiça. “Hoje à noite, um juiz brasileiro bloqueou o WhatsApp para mais de 100 milhões de usuários do aplicativo no país. Estamos trabalhando duro para reverter essa situação. Até lá, o Messenger do Facebook continua ativo e pode ser usado para troca de mensagens”, afirmou em uma publicação em sua página oficial no Facebook.
