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Relatório de transparência do Twitter mostra sucesso no combate ao terrorismo




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Nesta semana (9) o Twitter divulgou seu mais recente relatório de transparência, relativo ao período entre julho e dezembro do ano passado. Neste relatório, a empresa descreve quantas contas foram removidas da rede social por causa de comportamentos que violam as regras, como promover terrorismo e conteúdos de exploração sexual infantil.

Neste período, 166513 contas foram removidas do Twitter por motivos de propagação de ideias e ideais terroristas — um número 19% menor do que no primeiro semestre do mesmo ano. Em 91% dos casos, essas contas foram identificadas por sistemas internos da plataforma (o que quer dizer que o Twitter já percebe que se trata de uma conta de terrorista já durante o processo de criação dela, antes que o usuário consiga tuitar qualquer coisa), e que essa diminuição é um reflexo da política de “tolerância zero” que o site passou a adotar para o tema.

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Gráfico sobre o número de contas que foram revisadas por denúncias de violarem as regras do Twitter. Como é possível ver, os casos de abuso (onde se enquadram o compartilhamento de pornografia infantil) e discurso de ódio (onde se enquadram não apenas propaganda terrorista mas também qualquer tweet racista, homofóbico, xenofóbico ou que apresente qualquer tipo de preconceito contra um grupo de pessoas) são, de longe, os principais motivos para a remoção de perfis na plataforma (Imagem: Twitter)

 

O site também suspendeu 456.989 contas no segundo semestre de 2018 pelo compartilhamento de conteúdo de exploração sexual de crianças — valor 6% menor do que o do primeiro semestre de 2018. A empresa revela ainda que 96% dessas contas foram descobertas através das ferramentas de detecção automática da plataforma, e cerca de 75% dessas contas foram removidas sem a necessidade de passar por um moderador humano.


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Durante o segundo semestre de 2018, o Twitter recebeu pedidos de informações sobre os donos de certas contas de autoridades governamentais de todo o mundo, contabilizando 6.904 pedidos pedindo sobre 11.112 contas — número que se manteve praticamente estável quando comparado ao primeiro semestre do mesmo ano.

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Mapa dos pedidos sobre informações de donos de perfis direcionados ao Twitter. Quanto mais escuro, mais o número de pedidos feitos por um país (Imagem: Twitter)

 

No geral, o Twitter divulgou as informações sobre os donos das contas em 56% das vezes mas, quando o pedido era feito pelo governo dos Estados Unidos, a porcentagem de pedidos atendidos subiu para 73%. Os governo dos Estados Unidos entrou com 2.092 pedidos para informações sobre 3.860 contas — o que é cerca de 40% de todos os pedidos feitos no período. Já o governo brasileiro fez 55 pedidos no período, e 35% deles (cerca de 20 pedidos) foram acatados.

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Mapa dos pedidos para remoção de conteúdo feitos ao Twitter. Quanto mais escuro o país, maior a quantidade de pedidos efetuados por ele (Imagem: Twitter)

 

Já os pedidos de remoção de conteúdos postados caíram 8% comparados ao primeiro semestre de 2018, mas no geral esses pedidos aumentaram em 84% se comparados com o mesmo período no ano de 2017. Cerca de 75% dos pedidos de remoção de conteúdo vieram da Rússia e da Turquia — países conhecidos por regimes que cerceiam a liberdade de expressão de seus cidadãos e perseguem os críticos do governo.

É possível ver o relatório completo, que também mostra dados sobre conteúdo removido por violações de direitos autorais e contas feitam para spam, na página oficial.

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Fonte: Canaltech

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