Carreira & Educação

Tecnologia ajuda a promover melhorias do ensino e do aprendizado de alunos de escolas públicas no Brasil, defende especialista em educação




Fonte: Freepik / Prostooleh

Saiba como recursos tecnológicos podem fazer a diferença no sistema educacional e apoiar os desafios de municípios brasileiros nessa área

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) estima que os municípios brasileiros deixaram de aplicar R$ 8 bilhões em educação em 2020 e 2021 por conta da pandemia e, até o final de 2023, esse valor deverá ser destinado para investimentos na área. A estimativa é de que 800 municípios ficaram abaixo do limite mínimo constitucional que obriga o investimento de 25% das receitas em educação por ano. Entretanto, o território brasileiro enfrenta grandes desafios no que diz respeito à educação e que podem ser solucionados com o direcionamento correto desses investimentos. Um dos grandes desafios das instituições públicas é entender como investir em estratégias educacionais de maneira relevante para a aprendizagem e a gestão pedagógica. Além de atender ao novo contexto de cultura digital, a tecnologia educacional contribui com diversos outros fatores essenciais para essa construção, como inclusão, equidade, autonomia, interação, entre outros.

A Positivo Tecnologia, uma das principais empresas brasileiras de tecnologia, tem a expertise necessária para atender à demanda dos municípios e é grande aliada para ajudar na melhoria do ensino e do aprendizado. Com 33 anos de mercado e atendendo a área de Instituições Públicas desde 2016, está presente em 95% dos municípios brasileiros com suas soluções tecnológicas. Já são mais de 40 mil escolas, em 14 países, que usam tecnologias educacionais desenvolvidas, fabricadas e comercializadas pela companhia. A maioria das cidades já atendidas têm à disposição nas escolas públicas computadores (notebooks e desktops) e tablets, no segmento de tecnologia hardware e, em tecnologias educacionais, utilizam a plataforma adaptativa chamada Aprimora; as Mesas Educacionais; o Inventura, Programa de Educação 4.0; e o Haas4Edu.

“É preciso ter consciência dos avanços da tecnologia e da sua importância na educação para promover uma verdadeira transformação na aprendizagem dos estudantes brasileiros”, comenta Regina Silva, Diretora Pedagógica da Educacional, área de negócios da Positivo Tecnologia voltada para a educação.

O MEC aponta que, para promover a cultura digital entre os estudantes, é preciso criar uma infraestrutura forte, com recursos educacionais digitais, conectividade e formação docente. As quatro dimensões se complementam para que o uso de tecnologia tenha efeito positivo na educação. E, para um projeto didático-pedagógico ser considerado robusto, deve-se considerar a conexão entre hardware, software e a formação de profissionais, sempre tendo em vista a qualidade da aprendizagem. Complementando esse pensamento, o relatório ‘A Transformação Digital da Educação’, elaborado pela Broadband Commission da ONU, mostra que computadores conectados à internet são recursos pedagógicos essenciais para ampliar as oportunidades educacionais de crianças e jovens.

“A tecnologia é a grande aliada da aprendizagem, com ela os alunos têm acesso a um ensino mais flexível, dinâmico e de qualidade. A tecnologia educacional, sem dúvida, garante a equidade e os direitos de aprendizagem de todos”, completa a diretora pedagógica da Educacional.

Case: Inovação no ensino de Português e Matemática em cidades do Nordeste por meio de software educacional

Um exemplo de como soluções inovadoras da Positivo Tecnologia e da área dedicada a negócios para educação, Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, podem ajudar a ultrapassar os desafios de ensino e aprendizado de municípios brasileiros está relacionado ao Aprimora. Trata-se de um software de ensino adaptativo a distância que ensina Português e Matemática de acordo com a evolução do aprendizado do aluno. O Aprimora pode ser utilizado em lugares com baixa ou nula conectividade à internet. Pode ainda transferir dados para computação em nuvem, a partir de instalação de um servidor local. Recentemente, o Aprimora foi selecionado para participar do Programa ImpulsiONar.  O projeto tem o objetivo de promover a educação e a equidade na aprendizagem entre estudantes de instituições públicas. A participação do Aprimora nesse programa que conecta redes de educação, organizações de apoio e edtechs se dá após a Positivo Tecnologia, por meio da Educacional, vencer edital nas cidades de Igarassu, no Grande de Recife, e Cabrobó, no sertão de Pernambuco. O Aprimora vai atender às necessidades das escolas públicas contempladas no Programa ImpulsiONar, e consequentemente, apoiaram os desafios das secretarias de educação para avançar o ensino de Língua Portuguesa e Matemática nesses municípios.

A situação da educação no Brasil no pós-pandemia

O relatório de PISA, divulgado em 2018, mostra que o Brasil está em penúltimo lugar entre os 77 países participantes do programa em relação à quantidade de computadores disponibilizados nas escolas. Apenas 2% dos estudantes alcançaram os níveis mais altos de proficiência e dois terços dos alunos de 15 anos sabem menos que o básico em Matemática. Os dados do Brasil apresentam estagnação nos últimos 10 anos. Ainda mais preocupante, a pandemia aumentou a taxa de evasão na faixa de 5 a 9 anos, sendo 128% mais alta no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período em 2019, segundo a FGV. O índice de alfabetização também piorou na pandemia, como mostra um levantamento feito pelo Todos pela Educação, divulgado em fevereiro de 2022, onde o número de crianças entre 6 e 7 anos que não sabiam ler ou escrever saltou de 25,1% em 2019 para 40,8% em 2021.

Antes da pandemia, apenas 1 em cada 5 escolas das redes pública e privada investia em tecnologia para ensino, o que tornou mais difícil a adaptação às aulas remotas, acarretando deficiências de interpretação de textos e raciocínio lógico que dificultam a aquisição de habilidades para explorar as oportunidades do ambiente digital. Hoje, mais de 8 milhões de estudantes ou 21% dos alunos matriculados nas redes municipais e estaduais de educação básica estão em escolas sem acesso à banda larga, o que dificulta muito para que estratégias de desenvolvimento e transformação sejam aplicadas no País.

“Mais do que nunca temos a necessidade de repensar os processos e a experiência de alunos, familiares e professores criando a oportunidade de imersão na tecnologia digital. Só assim nossos estudantes terão uma chance de desenvolvimento e recomposição das aprendizagens perdidas durante a pandemia”, finaliza Regina.

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