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Times de eSports estão cada vez maiores e contam até com jogadores reserva




 

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É perceptível o crescimento dos esportes eletrônicos em todo o mundo. Isso, naturalmente, serve para acirrar ainda mais o clima de competitividade e o alto nível das disputas entre equipes em torneios. E tal movimento de ampliação e aprimoramento de habilidades é tão acentuado que já resultou, inclusive, na necessidade de expansão das equipes, que já contam até mesmo com jogadores reservas.

Sabemos que cada modalidade esportiva apresenta uma noção de reservas bastante específica. O basquete, por exemplo, exige grande capacidade de explosão física e também de força, tornando-o extremamente desgastante. Isso torna natural a rotação entre quem está na quadra e no banco uma constante.

Os eSports, por sua vez, possuem singularidades bastante particulares, sendo justamente esse o motivo para tanto sucesso – êxito que também culminou na popularização de plataformas de jogos online como a Steam, a Uplay, a Origin e até mesmo os melhores cassinos seguros da internet. Sendo assim, os reservas que fazem parte do cenário competitivo eletrônico são utilizados de acordo com as necessidades de cada equipe, que são bastante variáveis.

Utilização dos reservas em partidas

Em “League of Legends”, por exemplo, a utilização de jogadores reservas já é extremamente natural. Em geral, as equipes são estruturadas de acordo com os diferentes estilos dos jogadores em suas respectivas posições, de modo que a substituição é realizada estrategicamente a fim de combater determinado adversário levando em consideração seus pontos fortes e fracos.

Já no Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) a história é um pouco diferente. Prova disso, é que o anúncio de Patrick “es3tag” como o sexto membro da Astralis pegou todos de surpresa e chamou a atenção do cenário competitivo. Outra razão para o espanto é o bom desempenho apresentado pelo quinto formado por device, dupreeh, gla1ve, Magisk e Xyp9x nos últimos anos.

Acontece que a equipe de dinamarqueses é considerada, por muitos, como a melhor da história do game de tiro em primeira pessoa, o que tornaria a adição de um sexto membro desnecessária. Quem não concorda com essa visão é o técnico da Astralis, Danny “zonic”, que declarou que o novo membro entra de igual para igual com os demais players.

“es3tag será parte do time em termos iguais como qualquer outro. Teremos seis jogadores no time, não cinco e um substituto. Alguns jogarão mais que os outros, mas vamos focar na performance a longo prazo e na saúde dos jogadores. Acho que todo mundo vai ficar fora de um torneio”, afirmou em entrevista à HLTV.

Outra questão relevante sobre o tema levantada pelo diretor esportivo da Astralis, Kasper Hvidt, é a fadiga excessiva dos atletas que, além do desgaste físico, também precisam ligar com o fator psicológico gerado pela pressão excessiva. Para ele, quanto mais as organizações souberem lidar com situações assim, maior será o número de grandes atletas no contexto dos esportes eletrônicos.

A fala do diretor esportivo levanta uma questão que costuma ser ignorada, uma vez que pouco se fala acerca da exaustiva rotina dos atletas dos esportes eletrônicos – especialmente se levarmos em consideração a necessidade de viagens para participação em torneios. Não por acaso, os melhores times do mundo tomam como prioridade a saúde dos membros de sua equipe.

Experiência de substituição no Brasil

No Brasil, a experiência de substituição foi realizada pelo Corinthians, vencedor do Free Fire World Series em 2019, durante a Liga Brasileira de Free Fire (LBFF). Com isso, o astro da equipe, Bruno “Nobru”, acabou sendo colocado no banco por algum tempo. O resultado foi uma queda no desempenho do time, que não conseguiu se segurar sem o seu principal nome – que logo retornou ao seu posto.

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