Desde o início da febre deste app, eu já faço uma analogia para causar impacto atencional no que digo: “Se não tem religião, o Tik Tok chegou para provar que o diabo existe, logo, Deus tem que existir“. Seremos então apóstolos para tentar amenizar o prejuízo causado por este aplicativo tão danoso.
Uma outra frase de impacto que digo é: “Se está dançando em frente à tela para ser visto, logo, há uma necessidade em aparecer acima do equilíbrio. Comece a procurar um profissional da saúde mental.“
Isso tem relação com o que já venho dizendo desde o meu primeiro estudo publicado em 2018, onde comprovo que o mau uso da internet vem deixando as pessoas menos inteligentes. O uso das redes sociais em excesso e o sistema de recompensa no cérebro, mediante ao refúgio imediato para uma ansiedade gradativa, causando um “curto circuito” que afeta a cognição.
Um estudo recente publicado na revista científica Neuroimage, descreve o algoritmo inteligente do Tik Tok tornando- o mais nocivo dos apps.
O algoritmo do Tik Tok distorce o autocontrole impedindo o usuário de agir com racionalidade mediante à necessidade do prazer. Já sabemos que o app ativa várias regiões no cérebro relacionado ao prazer e vício. Assim como prejudica a região frontal do cérebro que tem relação com o foco atencional, memória de trabalho, tomada de decisões, racionalidade, região relacionada à inteligência humana.
O algoritmo deste aplicativo é o mais competente em reforçar o comportamento de consumo, assim como, com o tempo, altera a anatomia do cérebro trazendo prejuízos cognitivos que interferem na racionalidade e tornam os usuários mais impulsivos.
São estes e outros danos causados por este aplicativo que podem ser irreversíveis principalmente quando desencadeado um transtorno com este percursor.
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Além de colunista do Observatório de Games, Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia.
Pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito
Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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Fonte: Observatório de Games